Inovação e impacto social: inspirações do Fundo Vale e do Açolab

Inovação e impacto social: já parou para pensar sobre como estes dois termos se relacionam? Nós fizemos esta experiência com duas convidadas incríveis, e, neste artigo, reunimos os melhores momentos da nossa conversa com a Letícia Menezes, responsável pelas Conexões com Startups na brasileira Açolab – ArcelorMittal Longos LATAM e a Juliana Vilhena, Líder de Gestão de Impacto e Inovação Socioambiental na brasileira Fundo Vale.

Perdeu este encontro? Viu, mas quer rever alguma parte? Aproveite! Pode ver a gravação do webinar Inovação e impacto social agora mesmo!  

Agora vamos falar sobre a união dos temas inovação e impacto social para a geração de transformações positivas, dentro e fora das empresas.  

Sobre o Fundo Vale e o Açolab

Antes de mais, uma breve contextualização sobre o Fundo Vale e o Açolab, as iniciativas mantidas pelas grandes empresas brasileiras Vale e ArcelorMittal. 

O Fundo Vale nasceu em 2009, criado pela Vale, como um fundo de fomento e investimento. Através do Fundo Vale, os fundos são geridos de forma estratégica para apoiar e fortalecer negócios de impacto socioambiental positivo. 

Criado em 2018, o Açolab é o laboratório de inovação aberta da ArcelorMittal. A sua atuação está focada na facilitação, organização e aceleração do processo de inovação na AcelorMittal. A sua atenção, neste caso, concentra-se em projetos, cultura de inovação, relacionamento estratégico e investimento.

Como o Fundo Vale e o Açolab aliam inovação e impacto social? 

Separamos algumas das revelações trazidas ao longo da nossa conversa com a Juliana Vilhena e a Letícia Menezes sobre como o Fundo Vale e o Açolab aplicam a inovação para o impacto social, na prática.  

1- Operar segundo metas e diretrizes de sustentabilidade para fortalecer a aliança entre a estratégia e a inovação para o impacto

Tanto o Fundo Vale como o Açolab orientam as suas estratégias de sustentabilidade e impacto social às diretrizes dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Dessa forma, asseguram que as operações das suas casas mãe — Vale e ArcelorMittal, respetivamente — mantêm a sinergia com as atividades desenvolvidas nos seus braços de inovação e impacto social.

2- Trabalhar de forma colaborativa: redes de parceiros para a formulação de soluções potentes 

A colaboração é o core da inovação aberta. Neste modelo de trabalho, startups e empresas partilham conhecimento para encontrar soluções para questões que influenciam nos aspetos internos e externos das corporações. 

Empresas que se dispõem a “abrir a mente” para trabalhar em rede colhem resultados inesperados e, muitas vezes, transcendentes. 

Por isso e, como reforça Letícia no webinar, “a inovação aberta conecta vários atores, sejam outras empresas, como também universidades, startups, sempre com esse foco principal no impacto social”. 

3- Abrir a mente para o conhecimento ao longo da caminhada da inovação para o impacto social

Para se familiarizar com o caminho de inovação para o impacto social é preciso abrir a mente para uma ideia comummente rejeitada na cultura corporativa: a cultura do erro. 

Grandes projetos nascem a partir de tentativas, e é preciso ter resiliência e motivação para compreender que, nem sempre, versões iniciais de um projeto ou processo são as melhores versões. 

A Juliana destacou que, quando falamos sobre inovação e impacto social, o primeiro ponto é começar. “Às vezes queremos chegar no modelo perfeito antes de começar, e aí o que se aprende realmente com as metodologias ágeis é testar, executar, aprender e ir melhorando o ciclo. Talvez não comecemos com o melhor programa, mas começando, geramos uma aprendizagem que leva a novos programas e ao fortalecimento da agenda de inovação”, explica. 

No Açolab, a aceitação do erro, como parte importante do processo, se materializou num programa interno, chamado de “Falha Nossa”. O movimento tem inspiração no modelo FuckUp Nights onde, empreendedores se reúnem para compartilhar experiências de fracasso, convertendo a ideia de “falha” para a noção de “aprendizagem”. 

Veja como funcionam os encontros do FuckUp Nights com este vídeo: 

4- Trabalhar a cultura de inovação na empresa

“Mais do que tecnologia, a inovação é feita por pessoas”. A frase da Letícia reforça a ideia de que, para que a inovação se torne parte do DNA de um negócio, é preciso ir além dos investimentos em tecnologia e alcançar verdadeiramente as pessoas. 

E o propósito da cultura de inovação também se aplica no Fundo Vale. Segundo Juliana Vilhena, “quando a transformação cultural passa a fazer parte de todas as áreas da empresa, isso cria um ambiente mais propício para trazermos a agenda de inovação com impacto positivo, facilitando com que os processos ocorram”. 

5- Realizar programas de aceleração de impacto social 

O programa de aceleração é um caminho recomendado para empresas que querem aprofundar as suas relações com a comunidade. Os programas possibilitam a criação de laços efetivos e duradouros com projetos e iniciativas inovadoras. Além disso, desenvolvem competências que auxiliam na sustentabilidade de quem é ajudado, a longo prazo. 

No caso do Açolab e do Fundo Vale, os programas de aceleração acolhem ideias cujo propósito se relaciona com a estratégia dos negócios. A partir daí, a equipa oferece mentorias e formações capazes de preencher lacunas de conhecimento e auxiliar na profissionalização dos empreendimentos. 

E por falar em Programas de Aceleração de Impacto Social…Sabia que a esolidar oferece todas as ferramentas necessárias para aplicar a iniciativa de início ao fim na sua empresa? Não é preciso dispor de uma equipa numerosa e nem de um orçamento robusto. A nossa plataforma é simples, e basta uma pessoa para operá-la.

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