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ESG na Venda a Retalho: a era da produção e consumo sustentáveis

ESG na Venda a Retalho: você que é dono de um supermercado, uma loja, mercearia ou restaurante, já imaginou integrar os princípios desta sigla no seu dia-a-dia?

Saiba que esta é uma tendência que chegou para ficar e que, segundo Sandro Benelli, doutorando em ESG, com vasta experiência em conselhos de grandes, médios e pequenos grupos de venda a retalho e convidado do nosso webinar “O Retorno Financeiro do ESG” (pode ver aqui!) é hora de desmistificar a ideia de que fazer o bem e ganhar dinheiro são coisas opostas. 

Quer refletir sobre o tema connosco e ainda descobrir como a tecnologia facilita a sua gestão de ações ESG? 

Continue a ler! 

O que está a mudar na forma de pensar da Venda a retalho? 

ESG, transformação digital, ações sustentáveis, impacto social…há já algum tempo que expressões como estas eram vistas pelos retalhistas como pensamentos distantes da sua rotina e estratégia. 

Entretanto, nos últimos anos, as agendas vistas como corporativas tornaram-se parte do pensamento de todos os segmentos de negócios, incluindo os pequenos lojistas e os donos de empresas de venda a retalho. 

O que levou a essa alteração de pensamento? Existem alguns fatores associados a esta mudança. Vamos apresentar 3 deles: 

  1. Efeitos da pandemia

Não é novidade que a pandemia teve um forte impacto na forma como os empreendedores de todos os setores e tamanhos operavam nos seus negócios. No entanto, é importante esclarecer que, para os retalhistas as consequências da necessidade de existir distanciamento e a crise económica originada com as restrições de deslocação exigiram uma rápida mudança de planos. 

De acordo com um relatório publicado pela KPMG, os impactos foram sentidos em todos os níveis da venda a retalho, mas em escalas diferentes. Enquanto os shoppings e as lojas de departamento sofreram com a impossibilidade da visita física do seu público, os comércios de bairros foram privilegiados com a venda a retalho de proximidade. 

Mas nem tudo é bom, mesmo para aqueles que colheram bons frutos durante a pandemia. Para estes empreendedores, as limitações de tráfego de matérias-primas, as restrições de compras entre países e a redução da capacidade de entrega foram grandes desafios. 

  1. Transformação digital

Além disso, a pandemia acelerou a tendência da digitalização que estava a acontecer gradualmente na venda a retalho. Impossibilitados de deixar as suas casas, os consumidores aderiram em massa às compras online. Segundo o Observatório de Tendências, cerca de 57% dos inquiridos admite ter realizado mais compras online devido à pandemia da Covid-19. Estes dados vão ao encontro das últimas informações sobre e-commerce em Portugal, que apontam para um crescimento estimado entre 150-170% no último ano, face ao período homólogo.

Cerca de 45% dos portugueses admite que os seus hábitos de consumo sofreram alterações motivadas pela pandemia da Covid-19 e 31% a afirmaram que se tratam de mudanças duradouras, com especial incidência nas mulheres e nos mais jovens.

O contexto da transformação digital, além de abrir a mente dos empreendedores para novas maneiras de vender, também está diretamente ligado à adoção de práticas mais sustentáveis de vendas, com foco na redução do uso de recursos físicos e do consumo de bens como a energia elétrica. 

Leia mais sobre a Transformação Digital para o impacto social

  1. Pensamento do consumidor

Por fim, mas não menos importante, é preciso citar as novas tendências de consumo como grandes motivadores da mudança de pensamento da venda a retalho. De acordo com o infográfico “How covid is changing the consumer behavior”, a pandemia trouxe impactos diretos na forma como os indivíduos se relacionam com os bens de consumo, em 8  perspetivas diferentes: 

  • Trabalho (com o aumento da incidência do modelo de trabalho remoto);
  • Educação (com a tendência a utilizar plataformas digitais para aprender — 35% dos utilizadores da Netflix já o fazem com o intuito de aprender mais);
  • Comunicação e informação, do “real” para o “digital”;
  • Viagem e mobilidade, com a redução drástica (em cerca de 80%) do número de deslocações realizadas por cada indivíduo;
  • Compra e consumo, com a preferência por marcas confiáveis e conhecidas, e pelas compras em ambiente digital;
  • Novo significado para o conceito de “lar”, com mais tempo em casa; 
  • Entretenimento e diversão focados em canais digitais e de streaming (o Disney + alcançou, em 5 meses, o mesmo número de utilizadores que a Netflix, em 7 anos);
  • Saúde e bem-estar: foco em produtos naturais, sustentáveis, comprometidos com os critérios ESG e com o impacto positivo nas comunidades. 

Como trabalhar o ESG nas vendas a retalho? 

Perante tantas mudanças, como devemos reposicionar a atuação de um negócio na venda a retalho para que esteja em consonância com as necessidades do mercado e do consumidor? Temos algumas pistas sobre este assunto que vamos partilhar.

Oriente a gestão interna para práticas que envolvam diversidade, inclusão e equidade 

De acordo com a Deloitte, 34% dos funcionários em empresas de venda a retalho e bens de consumo acusaram esgotamentos, ao longo da crise. Em outros setores da indústria, este índice não passou de 28%. 

O resultado da pesquisa evidencia a importância da promoção de um ambiente de trabalho saudável e equilibrado, com ações que promovam Diversidade, Inclusão e Equidade. 

Quer algumas dicas? Vamos lá: 

  • Priorize a contratação de talentos diversificados nas suas lojas, restaurantes e empresas;
  • Crie caminhos para desenvolver as carreiras dos seus talentos e elevá-las a posições de liderança;
  • Estimule a cultura da inclusão com ações internas e a disponibilização de vagas com perfis inclusivos. 

Faça uma revisão da cadeia de valor do negócio

Sabe de onde vem a matéria-prima dos seus produtos? Prefere produtores locais e negócios familiares na sua cadeia de valor? Realiza processos pouco amigos do meio ambiente e da saúde dos trabalhadores envolvidos? 

No webinar que citamos no início deste artigo, Sandro Benelli conta uma experiência que viveu na época em que trabalhava como CEO de uma rede de Supermercados. 

Disposta a incorporar o ESG às práticas do seu negócio, a rede investiu na redução da sua pegada de carbono no e-commerce — e foi a primeira rede da América do Sul a alcançar tal feito. Parece algo complexo e inalcançável no seu negócio? Veja o que diz Sandro sobre a experiência: “arranjamos uma startup parceira que desenvolveu um algoritmo que pega no código postal de onde a mercadoria parte e para onde a mercadoria vai, o seu peso e tipo. Calcula qual a geração de carbono e, para diminuir a pegada de carbono eu (empresa) pagava. Pasmem-se: custava entre R$1,50, R$2,20 (cerca de 0,23€ a 0,31€)”.

Já percebeu como este é um esforço possível para pequenas e grandes cadeias de venda a retalho? Se quiser começar já hoje, aqui vão algumas dicas e perguntas que o podem ajudar a reorientar a estratégia: 

  • É possível trocar a embalagem do seu produto por uma menos nociva ao meio ambiente?
  • Como são transportados os seus produtos adquiridos online? Há uma alternativa ecológica (e económica) para o envio? 
  • Os seus principais fornecedores são produtores da região em que a empresa se situa? Valorizar a comunidade local é um caminho efetivo para gerar valor partilhado

Simplifique esta caminhada com a ajuda da tecnologia! 

E por falar em valorização da comunidade circundante…sabia que, com a ajuda de ferramentas tecnológicas, fica muito mais fácil gerir as iniciativas de impacto social promovidas pelo seu negócio?

Quer envolver a sua equipa de colaboradores em ações de voluntariado e canalizar este apoio para um projeto ou organização social da região em que o seu estabelecimento ou empresa está localizado? E que tal fazer tudo isso numa só plataforma, sem precisar de uma equipa numerosa para cuidar de todas as frentes de atuação? 

Com a plataforma da esolidar, é possível coordenar iniciativas relacionadas ao S do ESG (ações sociais) de forma integrada — como acontece no Programa de Aceleração de Impacto Social. 

Nesta modalidade de atuação, a sua empresa cria uma chamada para negócios e projetos sociais, seleciona aquele com maior compatibilidade com o seu negócio, viabiliza a aceleração através do voluntariado de competências (partilhando conhecimentos da sua equipa interna) e ainda realiza ações complementares de angariação de fundos para assegurar a sustentabilidade do projeto apoiado a médio prazo. 

Gostou? Quer saber mais sobre a plataforma esolidar e o Programa de Aceleração? Então, leia o nosso artigo no blog

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