Empresas que fazem a diferença

Governança Corporativa em ESG: sinergia possível e desejável com o S, de Social

Quando pontuamos que a agenda ESG faz parte da rotina corporativa muito antes de ser batizada com este nome, não estamos brincando. Práticas de Responsabilidade Social, por exemplo, são comuns à gestão de empresas (sobretudo as de grande porte). Mas e a Governança Corporativa no ESG? 

Processos, transparência e estratégia foram considerados, durante longos anos, assuntos restritos à alta liderança. Por isso, eram pouco compartilhados para além dos limites da companhia (exceto, é claro, quando as informações contribuem para a construção da imagem de marketing do negócio).

A grande questão é: de que maneira as empresas podem ressignificar a ideia de Governança Corporativa em ESG? E vamos além: como sintonizar os princípios do G e do S, de Social? Como buscar por uma gestão mais coerente e sustentável, do ponto de vista do capital humano e intelectual? 

Essas são algumas das discussões que norteiam nosso artigo de hoje. Não deixe de compartilhar sua opinião e vivências com a gente no final da leitura!

 

Ponto de situação: a agenda ESG

Em 2021, o conceito de ESG viveu um “boom”. O termo, que se refere às práticas Ambientais, Sociais e de Governança Corporativa, passou a integrar o discurso de grandes, médias e pequenas empresas, como um abrir de olhos coletivo. 

Além de compreender o que significa o termo, as organizações iniciaram o movimento de autoanálise. 

Esse momento foi muito impulsionado pelas cartas da gestora de ativos BlackRock, que defendeu o posicionamento sustentável como uma variável essencial para os investidores. Além disso, as empresas também foram motivadas pelo posicionamento do consumidor, cada vez mais atento e exigente quanto à ética corporativa de seus fornecedores. 

Empresas se dedicaram à incorporação de indicadores de impacto social e ESG aos seus relatórios e mapeamento de risco. A pauta ganhou atenção em seminários, palestras e encontros de grandes corporações. 

Para 2022, a aposta foi na tomada de ação. Cientes de seus pontos fracos e das demandas por posicionamentos ainda mais contundentes (e transparentes), as empresas precisavam se concentrar em equilibrar a balança e encontrar caminhos para, de fato, incorporar o ESG à rotina. 

Entretanto, os primeiros meses do ano trouxeram consigo uma poderosa reflexão. Os negócios reconhecem, de fato, o poder do ESG como transformador de realidades — um caminho efetivo para salvar nosso planeta? Ou tendem a incorporar a agenda exclusivamente por ser uma ferramenta de controle de riscos dos investidores?

A resposta, entre tantas possíveis, passa pelo entendimento profundo da relação entre Governança, em ESG, e o S, de Social

Aliás, podemos dizer que a resposta, entre tantas possíveis, passa pelo entendimento do E, do S e do G enquanto pilares transversais, potencialmente capazes de orientar e dar novo significado à ideia de cultura corporativa.

 

Governança Corporativa em ESG: o que as empresas devem buscar? 

A governança corporativa em ESG possibilita o equilíbrio dos interesses de todas as partes envolvidas na gestão de um negócio. 

E vamos além! Em entrevista à esolidar, Isabela Garcia, gerente de ESG e Sustentabilidade com atuação em grandes empresas como Natura e Puravida, nos trouxe informações valiosas que ajudam a entender o que as organizações devem buscar para incorporar de maneira efetiva estes princípios. 

Segundo ela, os processos de governança

“envolvem a criação de estratégias, análises, fiscalização, adequação, planejamento e diversos outros fatores para a promoção do equilíbrio entre a geração de valor da corporação e os seus stakeholders.

Os princípios da governança corporativa são os elementos-chave para uma empresa ter boas práticas: transparência, equidade, prestação de contas e responsabilidade corporativa”.

 

Pilares da Governança Corporativa

De acordo com o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC):

  • Transparência: relacionamento claro com todos os stakeholders do negócio. Busca de decisões transparentes e objetivos em comum, de modo a garantir maior segurança e solidez para a organização.
  • Equidade: garante que todos tenham um tratamento justo na empresa, de modo a considerar suas particularidades, necessidades e expectativas. 
  • Prestação de contas: maior dever de quem está à frente da empresa. Há a necessidade de que se responsabilize pelas decisões tomadas bem como omissões realizadas;
  • Responsabilidade Corporativa: busca a longevidade e sustentabilidade da empresa, a partir de seu propósito e objetivos.

Isabela ainda acrescenta, ao longo da entrevista, que os elementos-chave para boas práticas em governança são:

  • tomada de decisão e deliberação ética, baseadas no propósito e valores da empresa; liderança e cultura com a missão dos líderes em promover o propósito da organização e lapidar a cultura interna e os valores de sua identidade corporativa; transparência junto aos stakeholders;
  • programa de Compliance, para garantir a conformidade aos requisitos legais e aplicáveis, através de políticas, procedimentos e diretrizes que conduzam a ação dos colaboradores;
  • mitigação de riscos, a partir da identificação e avaliação;
  • gestão de riscos, para proteger o valor, a imagem e a reputação da empresa.

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Isabela Garcia sobre estratégias de Governança e implementação de ESG

Governança corporativa + Social: como aliar os pilares e transformar objetivos em resultados?

Diante de uma teoria tão robusta, como colocar os princípios da Governança Corporativa em ESG em prática? O primeiro passo deve ser enxergar o pilar em sua transversalidade. 

É impossível trabalhar a governança corporativa sem pontuar seu poder de orientação para a tomada de decisões em outros pilares, como o S, de Social. 

Na entrevista do tópico anterior, Isabela Garcia destaca que um dos maiores desafios relacionados ao G de ESG é justamente o de

“concretizar os princípios que regem a tomada de decisão, especialmente ligada a questões socioambientais, para que a realização da estratégia de negócio da organização não ultrapasse esses princípios e mecanismos”.


A verdade é que, para viver o ESG, as organizações devem avaliar suas práticas de governança como um exercício contínuo. Além disso, devem dar atenção especial aos riscos emergentes e às demandas de seus stakeholders (incluindo o time de funcionários).

Como fazer?

Veja, por exemplo, os resultados desta análise, feita pelo especialista em governança Renato Chaves, e divulgada no portal Valor Econômico. Em 17 das 70 empresas de capital aberto estudadas, o presidente ganha mais de 200 vezes a renda média dos colaboradores. Esse número ultrapassa 600 vezes em alguns casos.

Os números evidenciam que, muitas vezes, a desigualdade social observada no país encontra seu espelho no mundo corporativo — o que perpetua e até intensifica o quadro. 

Nesse sentido, a tendência — e a demanda — é de que as empresas incluam em suas agendas o debate estratégico e o acompanhamento de planos de ação para traçar regras de remuneração mais justas. Da mesma forma, políticas sólidas de inclusão de diferentes minorias sociais em todos os níveis hierárquicos do negócio. 

Denise Giffoni, sócia da consultoria EY, resume, em entrevista, que “a governança corporativa deve ser desenhada de forma a assegurar que os temas serão tratados com a devida atenção e profundidade por seus diferentes fóruns, em uma discussão estruturada, com monitoramento de práticas e uma forma de divulgação que suporte a construção de valor”.


Gestão de práticas ESG: mais governança e transparência com a ajuda da tecnologia

Um dos grandes pilares da governança corporativa em ESG é a transparência. Empresas alinhadas ao ESG devem ter uma visão clara de:

  • gerenciamento de riscos;
  • aplicação e uso de recursos;
  • boas estruturas de monitoramento;
  • disponibilização de informações de forma clara e responsável.

Com a ajuda de boas ferramentas tecnológicas, o gerenciamento de ações ESG se torna cada vez mais fácil e efetivo. A esolidar, por exemplo, tem, como foco, viabilizar a geração e a gestão de práticas voltadas ao S, de Social. 

Em uma só plataforma, é possível mobilizar o time de colaboradores, conectar a empresa a uma base de organizações sociais validadas e acompanhar indicadores de engajamento em ações de arrecadação de recursos. 

Além disso, na esolidar, também é possível criar Programas de Aceleração de Impacto Social, que possibilitam a construção de uma relação perene de desenvolvimento sustentável de comunidades. 

Conheça mais sobre o Programa de Aceleração no vídeo abaixo e visite nosso site para conhecer todas as soluções da esolidar para empresas: 

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