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Empresas que fazem a diferença

Glossário do impacto social para empresas: termos essenciais

Quer orientar seus esforços estratégicos para as novas agendas de sustentabilidade e transformação positiva? Já sabe o que significam termos como ISE, ESG, NIS? É hora de tirar todas as suas dúvidas neste glossário do impacto social para empresas! 

O que você pode esperar do glossário de impacto social para empresas?

Sabemos que o chamado para ação às empresas trouxe uma série de dúvidas sobre o segmento do impacto social, tão recheado de expressões e termos próprios. 

Para ajudar o seu negócio a se orientar neste mercado promissor e imperativo (afinal, você já sabe: não direcionar seu negócio para a geração de impacto não é mais uma opção!), preparamos um glossário com 23 siglas, termos e expressões comuns ao ecossistema do impacto social. 

Nas próximas linhas deste artigo, você encontra o caminho para desmistificar conceitos e, principalmente, para entender em que frentes o seu negócio pode atuar para ir além da cultura de doação e da Responsabilidade Social Empresarial da forma como a conhecíamos anteriormente. 

Glossário do Impacto Social para empresas: expressões para incorporar à rotina 

1- Aceleração

De acordo com o relatório Aceleração de Negócios de Impacto: um olhar sobre as políticas atuais, do SEBRAE, “as aceleradoras de empresas e organizações similares são uma ferramenta fundamental para apoiar os empreendedores na estruturação e amadurecimento dos seus empreendimentos, fortalecendo-os para se inserirem melhor no mercado, apoiando na tração e escala.”

Com Programas de Aceleração de Impacto Social, as empresas ocupam o papel de impulsionadoras de iniciativas de impacto (sejam elas projetos sociais ou mesmo startups e pequenos negócios). 

Assim, utilizam seus recursos internos — em especial o capital social da equipe, direcionado para os projetos apoiados na forma de voluntariado de competências — para estimular o desenvolvimento e o aperfeiçoamento de aspectos gerenciais nas iniciativas aceleradas. 

2- B Corp

Também conhecida como Certificação B Corp, trata-se de uma acreditação concedida a empresas que seguem elevados padrões de transparência, sustentabilidade e desempenho, aliando, de forma equilibrada, as ideias de lucro e propósito. 

De acordo com o Sistema B Brasil, “a certificação se preocupa em acompanhar e medir fatores que vão além do desempenho econômico do negócio, levando em consideração, acima de tudo, o desempenho social e ambiental que a empresa gera no curso da sua operação”.

3- Comunidades do entorno

Conjunto de pessoas físicas, empresas, organizações sociais ou projetos comunitários localizados nas áreas circundantes àquela em que a empresa se situa e/ou atua. A comunidade do entorno é, via de regra, fortemente impactada (positiva ou negativamente) pela presença do negócio no espaço.

4- Due Dilligence

Também conhecido como “Diligência Prévia”, é o processo de levantamento e avaliação de informações sobre parceiros em potencial. Comumente utilizado para movimentos como fusões e aquisições, o processo também pode ser utilizado para assegurar a sustentabilidade da cadeia produtiva e o compromisso de fornecedores e parceiros com processos respeitosos ao meio ambiente e aos direitos humanos e trabalhistas. 

5- Economia Circular

Muito ligado à indústria da Moda, mas transversal a diversos outros segmentos industriais, a ideia de Economia Circular se conecta com os princípios de sustentabilidade. 

Defende o reaproveitamento de recursos e resíduos, o desenvolvimento de cadeias produtivas interligadas e otimizadas e, sobretudo, a criação e desenvolvimento de novos produtos e processos ecoeficientes e pautados e ciclos perpétuos de reuso e reciclagem (minimizando os impactos da indústria na extração de recursos naturais). 

6- ESG

Sigla para Environmental, Social and Governance (ou, em português, Ecoambiental, Social e Governança), é um conjunto de padrões e boas práticas que atestam a credibilidade e a fiabilidade de um negócio do ponto de vista dos investidores e tomadores de decisão. 

Embora seja um conceito antigo, mas essencialmente conectado ao mercado financeiro, recentemente os critérios ESG ganharam os holofotes e tornaram-se prioridade para empresas que buscam caminhos para fazer a diferença e atender às demandas crescentes do consumidor e do mercado.  

7- Greenwashing

Prática comum (e não-recomendada) entre empresas que utilizam as ideias de sustentabilidade e ESG apenas como “fachada” para promover seus negócios e conquistar a confiança do público. Em português, o termo também é conhecido como “Maquiagem Verde” ou “Lavagem verde”. 

8- Inovação Aberta

Conceito criado por Henry Chesbrough, professor da Universidade de Berkeley, nos Estados Unidos, que diz respeito ao “uso de fluxos de entrada e saída de conhecimento para acelerar a inovação interna e expandir os mercados para o uso externo da inovação, respectivamente”.

Ele ainda vai além ao dizer, neste artigo publicado na Forbes, que “para as empresas, a inovação aberta é uma forma mais lucrativa de inovar, porque pode reduzir custos, acelerar o tempo de entrada no mercado, aumentar a diferenciação no mercado e criar novos fluxos de receita para a empresa”.

9- Inovação Social

Solução desenvolvida com foco em atender a uma demanda social latente. As inovações sociais são caminhos mais efetivos, modernos, sustentáveis e disruptivos para sanar problemas da sociedade (até mesmo problemas para os quais já existem soluções que operam dentro dos parâmetros convencionais de mercado). 

10- ISE

Sigla para Índice de Sustentabilidade Empresarial, principal indicador de sustentabilidade da B3. 

De acordo com o portal B3, o objetivo do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE B3) é “ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas selecionadas pelo seu reconhecido comprometimento com a sustentabilidade empresarial”.

11- Mensuração de Impacto

Monitoramento e avaliação de Indicadores de Impacto Social que ajudam a entender o tipo de resultado obtido por diferentes programas e iniciativas frente às expectativas traçadas. 

12- Netweaving

No novo mundo corporativo, o networking como conhecemos está em vias de desaparecer. Em seu lugar, surge o netweaving, baseado na cultura de troca e no estabelecimento de laços perenes entre as partes envolvidas. 

Enquanto o networking se baseia na lógica do “O que você tem para me ajudar?”, o netweaving parte do princípio do “Como eu posso ajudar você?”, entendendo que, a partir da iniciativa proativa, é possível criar relações empáticas e duplamente benéficas. 

13- NIS

Abreviação de Negócios de Impacto Social. Representa empreendimentos que têm, em seu DNA, a intencionalidade de gerar impacto a partir da resolução de um problema da sociedade.

De acordo com a Aliança pelo Impacto, negócios de impacto “são empreendimentos que têm a intenção clara de endereçar um problema socioambiental por meio de sua atividade principal. Atuam de acordo com a lógica de mercado, com um modelo de negócio que busca retornos financeiros, e se comprometem a medir o impacto que geram”. 

14- Nova Economia

O termo Nova Economia surgiu no início dos anos 90, a partir da necessidade de descrever a transição estrutural de uma economia focada na indústria para outra, centrada nos serviços e impulsionada pela tecnologia e inovação.

Este tipo de economia tem características muito diferentes da tradicional, com organizações menos hierarquizadas, mais autonomia no trabalho e a atenção focada no consumidor.

15- ODS

Sigla para Objetivos de Desenvolvimento Sustentável

Representam uma agenda mundial criada em 2015, durante a Cúpula das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável. Os 17 ODS têm o objetivo de mobilizar todo o planeta em busca de atitudes que contribuam para a erradicação da pobreza, a proteção ambiental e melhores condições de vida para todos os cidadãos globais. 

16- OSC

Sigla para Organização da Sociedade Civil. De acordo com o Mapa OSC, do Ipea, são entidades nascidas da livre organização e da participação social da população que desenvolvem ações de interesse público sem visar o lucro. As OSCs tratam dos mais diversos temas e interesses, com variadas formas de atuação, financiamento e mobilização.

É a sigla correta para designar organizações não governamentais (anteriormente conhecidas como ONGs). 

17- Quádrupla Hélice

Modelo alternativo à tradicional “hélice tripla”, a quádrupla hélice envolve os elementos Governo, Empresas, Sociedade Civil e Universidades em prol do desenvolvimento de soluções inovadoras e integradas para o desenvolvimento do país. 

18- Setor 2.5

De acordo com o Guia 2.5, “utiliza-se a expressão “setor 2.5” porque os negócios de impacto apresentam características tanto do 2º setor (empresas privadas, marcado pelo foco em sustentabilidade financeira e geração de lucro) quanto do 3º terceiro setor (organizações sem fins lucrativos, marcado pelo foco em gerar impacto socioambiental positivo)”. 

19- Socialwashing

Variação do termo Greenwashing, é usado, neste caso, para caracterizar empresas que se valem de pautas como solidariedade, filantropia, diversidade, igualdade e apoio às comunidades do entorno como “fachada”, com o objetivo único de promover a marca, sem a real preocupação com o impacto gerado. 

20- Stakeholders

Também conhecidos como “públicos de interesse”, referem-se a todos os atores que impactam de alguma forma na performance da empresa. Fazem parte desse grupo as comunidades do entorno, clientes, fornecedores, parceiros, investidores, acionistas, imprensa etc. 

21- Tecnologia Social

De acordo com o portal ITS Brasil, a tecnologia social é definida como um  “conjunto de técnicas, metodologias transformadoras, desenvolvidas e/ou aplicadas na interação com a população e apropriadas por ela, que representam soluções para inclusão social e melhoria das condições de vida”.

22- Triple Bottom Line

Também conhecido como “tripé da sustentabilidade”, este modelo, cuja autoria é atribuída ao professor John Elkington, em 1994, é representado pelo conjunto dos fatores ambiental, social e econômico. 

Diz respeito aos três principais pilares responsáveis pela sustentabilidade de longo prazo de um negócio. Por isso mesmo, devem ser mantidos em funcionamento constante e em equilíbrio.

23- Valor Compartilhado

O último verbete do nosso glossário de impacto social para empresas não poderia ser outro.

O conceito de Valor Compartilhado foi desenvolvido pelos pesquisadores Michael Porter e Mark Kramer e apresentado no artigo “Criação de Valor Compartilhado”, publicado na Harvard Business Review em 2011. Segundo os autores, a ideia “envolve a geração de valor econômico de forma a criar também valor para a sociedade (com o enfrentamento de suas necessidades e desafios)”. 

Após ler nosso glossário do impacto social para as empresas, seu negócio estará pronto para iniciar uma jornada transformadora rumo à transformação positiva que gera benefícios para a sociedade e para a empresa. Se quiser continuar aprendendo mais sobre o assunto, temos uma dica: salve este artigo (você pode precisar consultá-lo mais tarde) e comece agora mesmo a sua próxima leitura: Tecnologia para impacto social — como gerir a transformação na empresa?

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