O “S” da ESG: importância e como abordar na sua empresa
Sua empresa já sabe como trabalhar o S da ESG? Mais do que isso: seu negócio entende o poder transformador das ações de impacto social? E ainda: conhece ferramentas práticas e efetivas para gerar transformação mútua na empresa e em seus públicos de interesse?
Se você respondeu “não”, não se preocupe. Muitas organizações no país ainda não incorporaram os 3 pilares do ESG (práticas Ambientais, Sociais e de Governança Corporativa) em toda a sua potencialidade. Por isso mesmo, escrevemos este artigo!
Para você ter uma ideia, um levantamento do IBGE divulgado em março de 2020 mostra que 59,4% das empresas que investem em responsabilidade social acreditam que seu maior objetivo é melhorar a reputação institucional. Em contrapartida, 54,3% justificam os investimentos como “foco na adequação aos códigos de boas práticas ambientais”.
Ao longo da leitura, você vai entender que apostar no S da ESG pode, sim, trazer como consequência o aumento da reputação corporativa. Porém, é muito mais do que isso. O investimento em práticas de impacto social é um caminho certeiro para a longevidade da empresa e da parceria entre ela e seus stakeholders.
O que significa o S de ESG?
ESG é a sigla para Environmental, Social and Corporate Governance. Em português, traduzimos para práticas Ambientais, Sociais e de Governança Corporativa. Se você ainda não tem familiaridade com o termo, te convidamos a ler nosso artigo O que são os indicadores ESG?, com todas as informações necessárias para se inteirar sobre o assunto, tão em alta nos últimos tempos.
Neste artigo, focamos no S da ESG, ou o aspecto Social deste conjunto de boas práticas que atestam a sustentabilidade de uma empresa no contexto em que se insere.
Como identificar o S da ESG nas empresas?
A definição do S da ESG é bastante ampla. Há organizações que tratam o Social do ponto de vista da Responsabilidade Social. Outras focam as ações para o ambiente interno da organização, se atendo a boas práticas trabalhistas. Há ainda aquelas que atribuem à palavra o sentido assistencialista, caracterizando-a como um conjunto de doações a comunidades e públicos vulneráveis.
O fato é que não existe certo ou errado quando falamos em ações sociais. O importante é que a organização entenda que é preciso atuar de forma estratégica para fazer impacto social positivo em seus públicos de interesse.
Sendo assim, podemos encontrar o S da ESG em ações corporativas voltadas para:
- igualdade de gênero;
- diversidade nas empresas;
- Direitos Humanos;
- criação de programas de voluntariado;
- cumprimento dos ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável);
- saúde mental dos colaboradores e melhorias no ambiente de trabalho;
- atenção às vulnerabilidades da comunidade do entorno da empresa;
- apoio na resolução de conflitos;
- tomada de decisões em prol da sociedade;
- atenção às questões trabalhistas.
Justamente por ter seu foco voltado para o cuidado com os públicos de interesse, o S da ESG vem ganhando um novo significado. Mas isso não significa que o sentido original foi perdido. Pelo contrário, ele foi ampliado, e agora também é reconhecido como “S de Stakeholders” — ou públicos de interesse.
Por que as empresas vêm se reposicionando para atender ao critério “Social” na ESG?
É fato que o conceito de ESG vem ganhando popularidade e notoriedade no mundo corporativo nos últimos anos. Neste cenário, o S de Social (e de stakeholders) conquista um lugar de destaque.
Antes pouco percebido dentre os demais critérios relevantes para o processo de investimento, ele ganhou a atenção de empreendedores e de seu público-alvo.
Diferentes fatores tiveram influência nesta mudança de perspectiva para o S da ESG. A seguir, pontuamos 5 deles.
1. Mudança no comportamento do consumidor
O comportamento do consumidor passou por mudanças substanciais nos últimos anos. A expansão do acesso à internet e à informação fez com que os clientes prestassem mais atenção aos produtos e serviços que consomem.
Conscientes do poder de transformação das grandes empresas e organizações, eles passaram a definir seu comportamento de compra com base no posicionamento socialmente responsável das empresas.
Prova disso é que 50% dos consumidores já estão dispostos a pagar um preço mais alto por produtos que tenham impacto social e ambiental positivos na cadeia de abastecimento.
E as previsões continuam apontando para a valorização do compromisso social dos negócios. Em 2025, a perspectiva é de que todos os consumidores sempre prefiram produtos ou serviços que sejam menos prejudiciais ao meio ambiente, à saúde humana e à sociedade.
2. Transformações no mundo
Grandes crises costumam ser catalisadoras de mudanças essenciais na sociedade em que vivemos. Recentemente, a pandemia do novo coronavírus mostrou que essa máxima é verdadeira.
Diante de um acontecimento de trágicas proporções, empresas, pessoas e organizações sociais abriram os olhos para a importância da colaboração e da adoção de um estilo de vida (e de trabalho) sustentável.
Neste cenário, empresas que já trabalhavam o S da ESG enxergaram ainda mais valor nas práticas. Da mesma forma, organizações que ainda não dedicavam atenção suficiente aos 3 pilares do impacto positivo precisaram rever seus conceitos.
Veja, no gráfico abaixo, consolidado pelo portal Statista, como a percepção das empresas a respeito do conceito de ESG mudou com a pandemia da COVID-19:
3. Tomada de consciência sobre a importância do relacionamento cuidadoso com os stakeholders
A tomada de consciência sobre o valor do relacionamento com os stakeholders também se relaciona com o S de ESG. Aliás, essa compreensão também tem ligação direta com a ampliação da noção de stakeholders por parte das organizações.
Se antes os públicos de interesse se resumiam a potenciais clientes e parceiros comerciais, agora, o leque se abriu. Afinal, públicos de interesse são todos aqueles cuja existência traz impacto para a gestão da empresa, e vice-versa.
Sendo assim, empresas que praticam o lado Social do ESG acolhem e valorizam clientes, fornecedores, parceiros, concorrentes, comunidades do entorno, e colaboradores, detentores da maior riqueza dos negócios: o capital humano.
4. Relação do S da ESG com a longevidade do negócio
É relativamente fácil associar a longevidade de um negócio a suas ações ambientais e de governança corporativa. Aliás, esses dois elementos, há muito, são a materialização de uma empresa sólida e longeva.
Mas e o social, não impacta na sobrevivência de longo prazo de um negócio? A resposta é sim!
De acordo com este relatório, produzido pela EY-Parthenon, 90% dos investidores institucionais globais revisam seus investimentos em empresas que sequer considerem os critérios ESG em seu modelo de negócios.
5. Reflexos na reputação e no valor da marca
Por fim, é importante pontuar que organizações que se posicionam como agentes de impacto social observam reflexos positivos no desempenho do negócio, no relacionamento com o cliente e na reputação e valor atribuídos à marca.
Não à toa, a Natura, empresa brasileira mundialmente reconhecida por suas boas práticas de responsabilidade social, ocupou o segundo lugar no ranking global de empresas com boa reputação no mercado em 2019.
Como desenvolver o S da sigla ESG na sua empresa? Aposte em um Programa de Aceleração de Impacto Social
Desenvolver, avaliar e mensurar o S da ESG nas empresas pode ser uma tarefa desafiadora. Entretanto, com um bom Programa de Aceleração de Impacto Social, é possível estruturar ações e acompanhar resultados de forma substancial junto aos públicos de interesse. Além disso, com a ajuda de ferramentas tecnológicas, é mais fácil tangibilizar o produto do programa, criando integração entre os atores do processo.
O Programa de Aceleração é um caminho efetivo para promover transformações reais e perenes junto aos públicos de interesse.
Isso porque, diferente de uma ação assistencial, que ajuda a solucionar uma demanda pontual de vulnerabilidade, o programa de aceleração trabalha de forma profunda para compartilhar conhecimento (com o voluntariado de competências, por exemplo) e capacitar o público de interesse. Além disso, contribui para aproximar as empresas de seu mercado, oportunizando melhorias nos processos do negócio.
Para Daniel Cavaretti, Country Manager Brasil da eSolidar e cofundador do G10 Favelas e do Canal Transformadores, o programa é “uma forma multidisciplinar de dialogar com a sociedade de forma a transformá-la e de permitir que ela também transforme a empresa. Nesse contexto, as ferramentas tecnológicas fazem todo o sentido, afinal, promover integração é a essência da tecnologia”.
Conte com a esolidar para incorporar o S da ESG à sua estratégia
Precisando de ajuda para incorporar ações sociais ao seu negócio? Não sabe por onde começar? Nós podemos te ajudar!
Nossa plataforma reúne todas as ferramentas necessárias para implementar o Programa de Aceleração de Impacto Social com sucesso em 4 etapas:
- divulgação do programa;
- captação de projetos;
- capacitação dos selecionados;
- incentivos para o crescimento
Assim, você gerencia o processo como um todo, de forma prática, eficaz e integrada, sem que seja necessário um time numeroso e altamente especializado ou um orçamento ilimitado.Quer entender de forma aprofundada sobre como funciona o Programa de Aceleração de Impacto Social e como a esolidar pode te ajudar a incorporar o impacto social duradouro à sua estratégia de negócio? Leia nosso artigo sobre o tema!